A Biblia Sagrada

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Assim diz o Senhor: Santifica-os na Verdade; a Tua Palavra (A Bíblia) é a Verdade. João 17:17

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Os Evangelho e os Judeus II


     A compilação feita por Mateus e o Evangelho de Marcos; Esses dois fatos -  serviram aos críticos modernos como base para as suas investigaçãoes.  Encontrando muita semelhança entre  os  três   primeiros Evangelhos, por vezes até a mesma forma de expressão, chegaram à conclusão de que o segundo Evangelho, que apresenta a vida de Jesus descrita de maneira mais simples e numa ordem cronológica mais perfeita, constituía a composição original, de que se servem os outros dois envangelistas.

Há, contudo, outros critérios que permitem ao pesquisador judeu precisar a origem e autenticidade das narrações evangélicas, traçando os vários estágios de seu desenvolvimento. Depois de uma análise cuidadosa, os estudiosos do problema chegaram à conclusão de que quanto mais velha e genuína a narração, escrita ou oral, das ações e dos ensinamentos de Jesus, maior complacência apresenta em relação aos judeus e ao judaísmo.

     A mudança de atitude do cristianismo parece ter tido influência sobre os registros em todos os seus estágios, sendo esta, provavelmente, a causa dos depoimentos contraditórios percebidos num estudo comparativo dos Evangelhos.

     Os Evangelhos não são simples vidas de jesus de Nazaré. São uma proclamação atual de sua pessoa e de sua missão. Conservam uma historicidade fundamental, transmitindo os ensinamentos e as ações de Jesus....
     Talvez nunca tenhamos  refletido nisto: Os Evangelhos têm profundas raízes no judaísmo. Talvez não se tenha refletido suficientemente sobre este aspecto. Acontece que, durante longos séculos, usaram as Sagradas Escrituras unicamente para conseguir pretextos e acusações que fomentassem o ódio ao judeu. E as interpretações parciais que, com esse objetivo se fundaram, criaram o falso conceito de que os Evangelhos culpam (todos) judeus pela morte de Jesus. Esta alegação foi, durante séculos, o esteio da perseguição  aos judeus.

     Todavia, uma análise mais minuciosa e desprovida de qualquer parcialidade consegue mostrar que os pontos comuns entre os Evangelhos e o judaísmo surgem em muito maior número do que se imagina. O que, inexplicavelmente acontece é que os indivíduos se esquecem de que Jesus era judeu e de que os primeiros seguidores do cristianismo também o eram. Não se pode perder de vista que a religião cristã surgiu na Palestina, com os judeus e, primeiramente, para eles.

     JESUS VOLTARÁ - A Bíblia, Antigo e Novo Testamento, é a expressão dessa esperança animadora de todas as criaturas dotadas de espírito. Elas aguardam, desde o princípio, que se cumpra esssa " Boa Nova" do Evangelho. Por isso temos que ler, estudar e amar a Palavrade Deus. Esta Boa Nova foi confiada aos filhos de Abraão, tanto do Antigo como do Novo Testamento, a divulgação pelo mundo todo da Boa Nova da participação por todos na vida eterna única.

O Alvo do Antigo e do Novo Testamento é o mesmo. A esperança do Advento do Messias ungido por Deus já estava dominando desde os tempos pré-mosaicos.
Assim disse o Patriarca Jó:

" Eu sei que o meu Redentor vive...." (Jó 19:25)

Também as profecias de Isaias só podem ser compreendidas como prenúncios da vida eterna.

" Todo homem saberá que eu sou o Senhor, o teu Salvador e o teu Redentor, o Deus poderoso de Jacó" (Isaias 49:26).

O Messias ungido, vindo de Deus, domina a esperança de todos os crentes conscientes.

Quando Jesus disse à mulher samaritana:
" A Salvação vem dos Judeus" (João 4:22) Jesus quis dizer ao mundo que o Antigo Testamento era o fundamento insubstituível do conhecimento de Deus. Também Paulo, o apóstolo judeu dos gentios, escreveu em sua epístola aos Romanos:
" Pergunto, pois: terá Deus rejeitado seu povo? De jeito algum...Deus não rejeitou seu povo que ele elegera e o tivera desde o príncipio como sua propriedade..." (Rom.11:1-2).

Portanto, os judeus e os Evangelhos estão estritamente ligados com as Boas Novas do Evangelho Eterno.

(Hugo Schlesinger é Jornalista, escritor. Nascido na Polônia, chegou ao Brasil logo após a Segunda Guerra Mundial. Autor de diversas obras, Pertenceu à Academia Cristã de Letras e foi "Doutor Honoris Causa"  em Economia, Filosofia e Ciências Sociais. Foi três vezes co-presidente do Conselho de Fraternidade Cristã-Judaica de São Paulo. Fez parte da Comissão Nacional do Diálogo Religioso entre Católicos e Judeus.)


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