A Biblia Sagrada

A Biblia Sagrada
Assim diz o Senhor: Santifica-os na Verdade; a Tua Palavra (A Bíblia) é a Verdade. João 17:17

sábado, 3 de setembro de 2011

Os Evangelhos e os Judeus

O Novo Testamento foi originalmente escrito em grego, excetuando-se o Livro de Mateus, que foi escrito em hebraico, e depois traduzido para o grego. Em tempos posteriores, foram feitas traduções latinas, por diferente pessoas, tanto da Septuaginta como do Novo Testamento grego, e a mais cuidadosamente preparada vulgata Latina de Jerônimo. As Escrituras completas foram feitas nos anos 383-405 de nossa era. 

Agora vejam o que escreveu Hugo Schlesinger em sua obra Os Evangelhos e os Judeus
A Igreja Cristã, nos fins do século II, deu o nome de Novo Testamento aos evangelhos e outros escritos apostólicos, por terem sido elaborados com o proposito de demonstrar que o advento de Jesus de Nazaré dava cumprimento às profecias messiânicas, firmando Deus novo convênio que substituía o antigo, mosaico. A idéia de um novo pacto baseia-se principalmente em Jeremias 31:33 Assim diz o Senhor: 

"Porque  está é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo" . Jer.31:33 (Versão Almeida RA)

      No entanto, as palavras do profeta não implicam uma abolição da lei, pois declara ele que o pacto de Deus com Israel é imutável; seu pensamento consistia numa renovação da lei, através da regeneração do povo. Para Paulo e seus discípulos, a dispensação mosaica terminava com a vinda de Jesus. As Escrituras hebraicas passaram a ser consideradas o "Antigo Convênio" ou " Antigo Testamento", enquanto Jesus era considerado o mediador do "Novo". (Os Evangelhos e os Judeus pg.9)

      Os nomes Antigos e Novo Testamento, quando empregados por autores judeus, servem apenas como termos de identificação, não implicando na aceitação do princípio neles contido.
A Igreja primitiva não possuía outros livros sagrados além dos usados na Sinagoga. Nesses livros é que se baseou para declarar que, com o messianismo de Jesus, as profecias contidas nas Escrituras Sagradas se realizavam.
      Há grande divergência de opinião entre as diversas escolas  de teológos e críticos cristãos, no que se refere ao modo de composição e às datas dos vários escritos que compõem o novo Testamento. 
     Os quatro Evangelhos foram compostos, em sua grande parte, entre os anos 80 e 150 do calendário romano. Cada um deles relata, de maneira pessoal, a história de Jesus, contada desde o nascimento de João Batista até à ascenção, com o propósito de mostrar que ele era o Messias das profecias judaicas. O último dos Evangelhos, o de João difere dos outros três, Mateus, Marcos e Lucas, por emprestar a Jesus um caráter místico e metafísico, apresentando-o não como filho de Davi, mas como filho do própio Deus, no sentido cósmico da palavra.

     Os Evangelhos não são considerados obra dos apóstolos, mas transmissão oral da tradição emanada deles. Veja o que escreveu o apóstolo Lucas:

1 "Visto que muitos houve que empreederam uma narração coodernada dos fatos que entre nós se realizaram,
2 conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra,
3 igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem,
4 para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído". Lucas 1:1-4 (Versão Almeida RA)

     Acima citado: Lucas se refere à existência de muitos evangelhos, baseados em narrações feitas pelos discípulos e por pessoas que testemunharam os fatos. Pápias, autoridade do século II, conta que Marcos escreveu aquilo que teria ouvido de Pedro e que Mateus havia feito uma compilação das próprias palavras de Jesus em aramaico, sem a estrutura histórica que cada comentador deu, à sua maneira.

Esses dois fatos - a compilação feita por Mateus e o Evangelho de Marcos - serviram aos críticos modernos como base para as suas investigações. Encontrando muita semelhança entre os três primeiros Evangelhos, por vezes até a mesma forma de expressão, chegaram à conclusão de que o segundo Evangelho, que apresenta a vida de Jesus descrita de maneira mais simples e numa ordem cronológica mais perfeita, constituía a composição original, de que serviram os outros dois evangelistas. (idem pg.10)

Agora, vamos fazer uma pausa e assistir este importante documentário:





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